sexta-feira, 20 de março de 2009

Para todos os que trabalham com jovens e jovens adolescentes com NEE a caminho dos Exames Nacionais, pode ser importante ler

Orientações Gerais e Condições Especiais de Exame para alunos com NEE no Ensino Básico e Secundário

quinta-feira, 19 de março de 2009

terça-feira, 10 de março de 2009

Progresso? Que Progresso?

Desenvolvimento. Que desenvolvimento?

Para onde queremos ir?



Quando ouvimos falar de progresso hoje, de desenvolvimento hoje, ouvimos falar de finanças em crise. Palavras temidas por alguns. Palavras louvadas por outros. Os que a temem à séria, são os que ouvem falar dela. Os que a temem, se calhar, são os que têm a palavra e discursam sobre ela. Os que a louvam, são os que talvez a possam perspectivar, num futuro mais ao menos próximo, como uma oportunidade (a história está cheia deles e os meus avós enquadraram-se neste grupo). Estes, por qualquer motivo que desconheço, tornam-se capazes de olhar em volta percebendo qualquer coisa, não sei se definida, depois enconcham e fazem nascer daí uma ideia, após o que desenrolam e mexem num determinado sentido, fazendo a sua própria estrada para chegar a determinado sítio e, chegam mesmo! Aplicar-se-á aqui a expressão popular: "da necessidade nasce o engenho". Há ainda os que, detendo a palavra, assumem, provavelmente à luz da história, que em tempo de crise é possível "dar a volta por cima". Estes não precisam de dar grandes voltas, mas aconselham-na aos outros.

Há ainda uns que parecem tentar mexer-se atolados nas preocupações de defesa da vida dos outros, da qualidade de vida dos outros. Tão bem intencionados que são! Neste grupo situo as hostes políticas: os que dominam o poder, pensando na manutenção do seu status; e, os que se situam na oposição, pensando no momento de alcançar o mesmo poder que os primeiros detêm. Os primeiros não podem ser demasiado óbvios por razões, também elas, óbvias. Os últimos não podem opor-se de forma absolutamente clara e desimpedida aos primeiros, pois podem vir a sofrer as consequências num futuro que desejam próximo.

E... os que detêm o outro poder: o poder do dinheiro. Provavelmente, um poder maior!

Estes são os grandes empresários e seus aliados. Empenham-se em lóbis "desinteressados", aplicam-se em negociações laterais para não contribuírem para o aumento dos números do desemprego, "baixam" os preços para facilitarem o consumo, publicitam o empréstimo sem exigência de garantias, gritam discursos para aumentarem a confiança do consumidor e do pequeno/médio empresário, tecem teias para enrolarem o mundo. Defendem-se!

São facetas da dita crise, que nos entra pelos ouvidos dentro e não tanto pelos olhos, facto que me deixa desconfiada. Fico desconfiada, não por pensar, como outros, que a crise não existe, mas por pensar que, até a crise é mais para alguns do que para outros. Injusta, afinal!

Mas sim, vejo a dita crise como uma oportunidade!

Não propriamente como uma oportunidade de progresso/desenvolvimento económico e financeiro. Isso seria condenar a humanidade à não evolução. Mais que progredir, deveríamos evoluir.Este é o grande momento da evolução da humanidade.É o momento, por excelência, para pensarmos em valores como o respeito pelos outros e por nós próprios, pelas coisas, pela natureza... É o momento para desacelerarmos na produção e no consumo. É o momento para recuperarmos o ar para respirar, o mar de água salgada e gelo, os rios de agua doce, as fontes de água potável, as dimensões de terra e areia, a sucessão natural das Estações do Ano, a época das chuvas e a época do sol, o velho vento Norte, o tempo dos morangos e das cerejas, o tempo para ouvir histórias do tempo dos velhos, o tempo para ter tempo para os velhos... É tempo de desdesenvolver!
Este será o progresso.

Será que consigo?

domingo, 1 de março de 2009

Quando adicionei o endereço do blogue http://abarrigadeumarquitecto.blogspot.com/ , fi-lo porque tinha acabado de ler um texto que considerei fantástico e uma bela surpresa, pois não esperava encontrar tanta sensibilidade para o cuidado a ter com a concepção dos espaços dedicados à aprendizagem das nossas crianças.

Já tentei, a propósito da organização do espaço da sala de aula para a criação de espaços mais inclusivos, sensibilizar alunas em pós-graduação em educação, mas senti muita resistência. Também tenho tentado fazê-lo com uma professora do primeiro ciclo e sinto o mesmo. Neste caso, conhecendo todas as variáveis circunstanciais, posso até afirmar que compreendo: resistências da escola, dos pais, as dificuldades relativas à concepção e organização do próprio ensino, a falta de material... enfim! A verdade é que ninguém pode mudar sem mudar os contextos em torno.

Tenho uma costelinha na arquitectura. Comecei a minha formação por lá.
O espaço é muito importante para mim!
Convido-vos a visitar o blog e a irem aos arquivos de Abril de 2008.
Aproveitem!

sábado, 28 de fevereiro de 2009

As Borboletas de Zagorsk Parte II





Documentário sobre Educação Especial. Educadores russos ensinam crianças com deficiência auditiva e/ou visual na cidade de Zagorsk, inspirados e baseados nas teorias do psicólogo bielo-russo Lev Vygotsky (1896-1934).


O documentário está dividido em seis partes. Esta é a parte II. As partes I, III, IV, V e VI podem ser visionadas em http://www.youtube.com/watch?v=cTvvzBwhwvs

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Pró inclusão Associação Nacional de Docentes de Educação Especial

Em Julho do passado ano juntamo-nos em Lisboa. Um grupo de professores de Educação Especial preocupado com a qualidade das suas práticas, a qualidade da investigação, com as políticas e com as crianças com Necessidades Educativas Especiais.



Decidimos criar a Associação Nacional de Docentes de Educação Especial, a Pró inclusão.



Os nossos objectivos incidem sobre a valorização da profissão pelo conhecimento e competência crescentes dos docentes comprometidos com o seu desenvolvimento profissional, tendo por pano de fundo as filosofias e os valores inclusivos; a promoção da comunicação e cooperação entre os docentes de Educação Especial; o investimento e colaboração na criação e divulgação de materiais, estratégias e recursos, na criação de práticas fundamentadas no conhecimento; o apoio à investigação científica na área das Necessidades Educativas Especiais; a promoção da formação, informação e troca de saberes através de publicações, reuniões científicas e formação; a promoção da colaboração com outros grupos profissionais do sector e organizações; e, a promoção da afirmação pessoal e da valorização das capacidades, pela positiva, da pessoa com Necessidades Especiais, na defesa dos seus direitos e cidadania.



De entre os projectos para 2009 contam-se, antes de mais, a organização e implementação da Associação, a criação da Revista Profissional de Educação Especial, o investimento na Formação Contínua e a realização de um Congresso Internacional.



Nesta fase, em que tanta turbulência é imprimida aos contextos ocupados pelos professores parece-me que a próactividade será a atitude mais compensadora e aquela que maior serenidade nos pode emprestar.



Não quero que as dificuldades me encontrem, quero ser eu a dar com elas e a resolvê-las.

Quando falo na primeira pessoa, não quero dizer que quero avançar sozinha, bem pelo contrário, gosto de andar acompanahada e sentir envolvimento, oposições e desafios à minha volta. Por isso, deixo aqui o convite. O site disponibiliza a ficha de adesão à Associação.



Visite: http://proinclusao.com.sapo.pt/

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O espaço e a Educação Especial

Há alguns anos atrás sentia-me um verdadeiro João Semana a calcorrear os caminhos entre as escolas, carregada de sacos com material para trabalhar com as crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Quer se tratasse de escolas privadas quer de escolas públicas, não havia nada: espaço, material pedagógico ou mesmo de desgaste, para que a educadora/professora de Educação Especial trabalhasse.

Quanto aos materiais, reuni um grande conjunto de recursos que vou sempre renovando.


No que respeita ao espaço, tudo fica mais complicado. Há muitas concepções relacionadas com filosofias educativas, concepções pedagógicas, estilos de ensino, formas de organização da escola e da sala de aula, atitudes dos professores, culturas de escola ...

A questão é: como é que se pode pedir a um professor de educação especial, com serviço itinerante, que "vista a camisola" de uma determinada escola se passa o tempo a saltar de escola em escola e não lhe é "emprestado" um espaço, por pequeno que seja, para pousar as suas coisas?

São amplamente conhecidos os comentários de falta de espaços de trabalho entre os professores de Educação Especial. De facto, enquanto professora, já trabalhei com crianças com Necessidades Educativas Especiais, em mesas colocadas, especificamente para o efeito, em patamares de escadas.


Hoje, numa das escolas, apenas uma, tenho um pequeno espaço que posso gerir. Numa outra escola tenho uma prateleira num armário fechado. Ainda numa outra, não tenho espaço nenhum.





Faz toda a diferença!

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Promover a Educação Inclusiva

Promover a Educação Inclusiva é muito mais difícil do que parece!
As barreiras são muitas, de diversas origens e de difícil identificação.

Não poderemos incluir sozinhos, mas não poderemos incluir sem nós... Esta será a primeira barreira a vencer! Conhecermo-nos e irmos desenvolvendo um auto conhecimento cada vez maior para podermos adequar as nossas atitudes de forma a que sejam cada vez mais inclusivas.

Os contextos educativos em Portugal não serão os mais inclusivos... apesar da legislação em vigor, em particular a que visa a regulamentação da Educação Especial.

Na verdade, podemos reduzir tudo a contextos.

Quando penso em "contextos" sinto a minha tarefa facilitada, porque concretizada e, por ser mais fácil manipular o concreto e situado num tempo e num espaço.

Comecei por falar de contextos pessoais, depois de contextos legislativos. Podemos acrescentar os contextos humanos, situado ao nível das interacções. E ainda os contextos sociais emergentes das relações que nascem das interacções, das hierarquias, autonomias e responsabilidades, das parcerias e organismos responsáveis, dos espaços dentro e fora da escola.

Podemos também falar de contextos espaciais, da arquitectura das escolas e da arquitectura da sala de aula. Mexer nos espaços e transformá-los faz emergir sensações positivas, sensações de "dever cumprido", de realização e bem estar, de esperança...

Há bem pouco tempo não era possível encontrar arquitectos interessados nos espaços destinados à aprendizagem, sobretudo à dos mais novos. As preocupações situavam-se a um nível puramente funcional. Hoje, as motivações situam-se num outro plano!
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