terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O espaço e a Educação Especial

Há alguns anos atrás sentia-me um verdadeiro João Semana a calcorrear os caminhos entre as escolas, carregada de sacos com material para trabalhar com as crianças com Necessidades Educativas Especiais (NEE). Quer se tratasse de escolas privadas quer de escolas públicas, não havia nada: espaço, material pedagógico ou mesmo de desgaste, para que a educadora/professora de Educação Especial trabalhasse.

Quanto aos materiais, reuni um grande conjunto de recursos que vou sempre renovando.


No que respeita ao espaço, tudo fica mais complicado. Há muitas concepções relacionadas com filosofias educativas, concepções pedagógicas, estilos de ensino, formas de organização da escola e da sala de aula, atitudes dos professores, culturas de escola ...

A questão é: como é que se pode pedir a um professor de educação especial, com serviço itinerante, que "vista a camisola" de uma determinada escola se passa o tempo a saltar de escola em escola e não lhe é "emprestado" um espaço, por pequeno que seja, para pousar as suas coisas?

São amplamente conhecidos os comentários de falta de espaços de trabalho entre os professores de Educação Especial. De facto, enquanto professora, já trabalhei com crianças com Necessidades Educativas Especiais, em mesas colocadas, especificamente para o efeito, em patamares de escadas.


Hoje, numa das escolas, apenas uma, tenho um pequeno espaço que posso gerir. Numa outra escola tenho uma prateleira num armário fechado. Ainda numa outra, não tenho espaço nenhum.





Faz toda a diferença!

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